Governo do Distrito Federal
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7/09/21 às 10h59 - Atualizado em 7/09/21 às 10h59

Morango é fruta, fruto e pseudofruto? Entenda

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Pelo menos 96% dos produtores de morango estão na região de Brazlândia

 

A estrela da Feira do Morango de Brasília, que ocorre nesta terça-feira (7) e também neste fim de semana (10, 11 e 12), em Brazlândia, é uma das frutas mais curiosas da região. Uma das curiosidade, inclusive, diz respeito justamente ao termo fruta, já que, de acordo com a classificação botânica, morango é uma hortaliça, assim como a alface. E o morangueiro é uma planta da família das rosáceas, a mesma das roseiras.

 

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Então, é errado chamar morango de fruta? Sim e não. Popularmente falando está correto, porque se convencionou chamar de fruta partes comestíveis e geralmente doces das plantas. Porém, cientificamente, esse conceito é um pouco mais complexo.

 

O que diz a ciência

Fruto é um termo científico para designar o resultado do desenvolvimento do ovário de uma flor, após o processo de fecundação, onde se geram as sementes. A parte macia e saborosa, a polpa do morango, que concentra todo seu açúcar e que chamamos de fruta, é, na verdade, o desenvolvimento de uma parte da flor. “Por classificação, chamamos essa parte de pseudofruto, algo como falso fruto”, explica a engenheira-agrônoma e coordenadora de Olericultura da Emater-DF, Adriana Nascimento.

 

Qual a fruta do morangueiro, então? São pequeninas partes que contém uma única semente, aqueles pontos amarelinhos ou pretinhos que vemos do lado de fora dos morangos.

 

O morangueiro comum pertence ao gênero Fragaria e é o resultado de um híbrido produzido no século XVIII, na França, entre a Fragaria chiloensis e a Fragaria virginiana, por vezes chamado Fragaria x ananassa. Porém, existem várias opções para o cultivo de morangos comestíveis como o morango do Chile (Fragaria chiloensis) e o morango silvestre (Fragaria vesca). No Distrito Federal, são produzidos 11 cultivares, que se diferenciam pela época em que são plantados, tamanho de frutos, ciclos, maturação, entre outras características.

 

Morangos em ponto de colheita em produção em Brazlândia

Tradição no Distrito Federal

A cultura do morango foi introduzida no Distrito Federal (DF) na década de 1970 por agricultores japoneses oriundos da região de Atibaia (SP), assentados pelo Incra, no Projeto Integrado de Colonização Alexandre de Gusmão (PICAG), região administrativa de Brazlândia. O cultivo começou em pequenas áreas e com baixo nível tecnológico.

 

Como a demanda pelo produto aumentou, cresceu também a necessidade de se buscar alternativas de produção que atendesse essa demanda crescente de produção. Técnicos da Emater-DF reconheceram o potencial econômico da cultura para a região e difundiram inovações tecnológicas, introduzindo também novas cultivares, o que possibilitou um salto de produção e qualidade no início da década de 1990.

 

O DF reúne condições ambientais favoráveis à produção de morangos, resultante principalmente da altitude em torno de 1.000 m e de inverno seco com temperaturas amenas. Estas características proporcionam floração e frutificação com qualidade.

 

Atualmente, 226 produtores cultivam morango no Distrito Federal, divididos entre produção convencional e orgânica. Destes, aproximadamente 95% estão na região de Brazlândia. Este ano, foram plantados cerca de 150 hectares da planta.

 

“A produção de morangos no Brasil possui grande importância social e econômica, por gerar empregos e aumentar renda de um grande número de agricultores familiares. Nos últimos anos, estão sendo incorporadas novas tecnologias que favorecem a produção de frutos de melhor qualidade e com possibilidades de exportação”, ressalta a engenheira-agrônoma Adriana Nascimento.

 

Serviço

25ª Feira do Morango

Data: 3 de setembro, 19h (abertura); e dias 4, 5, 6 e 7 e 10, 11 e 12 de setembro, das 10h às 22h.

Local: Associação Rural Cultural Alexandre de Gusmão (Arcag) – Incra 6, BR-080, Km 13 (Brazlândia)

Acesso livre

 

 

A Emater-DF
Empresa pública que atua na promoção do desenvolvimento rural sustentável e da segurança alimentar, prestando assistência técnica e extensão rural a mais de 18 mil produtores do DF. Por ano, realiza cerca de 150 mil atendimentos, por meio de ações como oficinas, cursos, visitas técnicas, dias de campo e reuniões técnicas.

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