Governo do Distrito Federal
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18/09/23 às 14h50 - Atualizado em 19/09/23 às 11h55

Representante da Emater-DF passa a presidir o Comitê de Bacia do Rio Preto

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O engenheiro-agrônomo e extensionista rural da Emater-DF Gilmar Batistella foi eleito presidente do Comitê de Bacia Hidrográfica dos Afluentes do Rio Preto (CBH/AP) para o triênio 2023/2026. Além de Batistella na presidência, a nova gestão tem Paulo Luis Krüger como vice presidente e Cláudio Malinski como secretário. A Bacia Hidrográfica do Rio Preto tem forte vocação agropecuária devido a fatores como topografia favorável, boa disponibilidade hídrica superficial, estar em localização de estação chuvosa bem definida e ter, em suas proximidades, agricultores altamente tecnificados.

 

Essa forte característica agropecuária também traz uma alta demanda de uso de água para irrigação, o que exige atenção sobre a disponibilidade hídrica para os usuários da bacia. A Emater-DF possui, desde a crise hídrica de 2017, um trabalho de alocação negociada da água no Ribeirão Extrema e no Rio Jardim, ambos afluentes do Rio Preto.

 

Foi de olho nessa experiência da empresa que os integrantes do comitê votaram na chapa em que o representante da Emater-DF foi indicado como presidente. “Durante o período de seca a estrutura instalada de pivôs de irrigação não consegue funcionar por falta de disponibilidade hídrica, então eu entendo que o nosso desafio maior está em torno dessa questão”, afirma Gilmar Batistella, que tomou posse na última semana.

 

Experiência da Emater-DF

Extensionista rural Gilmar Batistella recebe diploma de posse.

A forte demanda por irrigação na bacia hidrográfica do Rio Preto chegou a um momento de conflito pelo uso da água durante a crise hídrica de 2017. Na época, 28 pivôs irrigavam uma área de 1.318 hectares de plantio na unidade hidrográfica do Ribeirão Extrema e 72 pivôs irrigavam uma área de 4.650 hectares, no Rio Jardim.

 

A solução proposta pela Emater-DF foi a organização dos produtores no planejamento do plantio por meio da alocação negociada da água e a redução na área de plantio. O primeiro passo foi reunir os produtores e, com o apoio da Adasa, apresentar os dados de vazão explicando os riscos de prejuízo para a disponibilidade hídrica e também para a produção. Depois, os produtores foram divididos em grupos e montaram um calendário de irrigação determinado para cada grupo.

 

O resultado foi positivo e a gestão compartilhada evitou a perda de 3.700 hectares de culturas que seriam comprometidas pela falta d’água para irrigar as lavouras. No total, seriam mais de 12 milhões de reais em prejuízo. O trabalho da Emater-DF foi apresentado como experiência de êxito durante o 8º Fórum Mundial da Água, em março de 2018.

 

Bacia Hidrográfica do Rio Preto

O Rio Preto é o principal curso d’água da bacia do Rio Preto e nasce na Lagoa Feia, no município de Formosa, em Goiás, fazendo divisa do Distrito Federal (DF) com os estados de Goiás e Minas Gerais, onde desagua no rio Paracatu. O Rio Preto faz parte da Bacia do Rio São Francisco e abriga a Usina Hidrelétrica de Queimado, na altura do município mineiro de Cabeceira Grande.

 

O Distrito Federal possui três comitês de bacias hidrográficas instalados: o Comitê da Bacia do Rio Paranaíba no DF (CBH Paranaíba-DF), o Comitê da Bacia do Rio Maranhão no DF (CBH Maranhão – DF) e o Comitê da Bacia do Rio Preto no DF (CBH Preto – DF). A Emater-DF tem participação ativa em todos esses comitês.

 

*Com informações da Adasa

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