Governo do Distrito Federal
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19/10/22 às 15h58 - Atualizado em 19/10/22 às 15h58

Produtores rurais recebem capacitação em manejo agroecológico de jardins

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Com carga horária de 16 horas, curso visa qualificar mão de obra, reduzir custos de produção e gerar renda

 

 

Com o objetivo de qualificar a mão de obra nas propriedades rurais, a Emater-DF promoveu o curso Manejo Agroecológico de Jardins para trabalhadores e produtores rurais do DF. A capacitação, que foi concluída nesta terça-feira (18), contou com carga horária de 16 horas e foi ministrado para mais de 30 produtores da região do PAD-DF e de Ceilândia.

 

Segundo o coordenador do curso e extensionista rural da Emater-DF, João Pires, a atividade foi pensada para atender uma antiga demanda, percebida pelos técnicos dos escritórios locais, de produtores e produtoras rurais que estão ativos na cadeia produtiva de jardinagem e também para aqueles que desejam entrar.

 

“Na medida em que essa atividade vem crescendo, os produtores começaram a sentir a necessidade de se qualificarem nessa mão de obra, adquirirem mais conhecimentos para reduzirem custo de produção, se profissionalizarem e terem uma atividade laboral com resultado econômico. Por isso, o conteúdo programático contou com muitas oficinas práticas, como podas, produção de mudas e manejo agroecológico de pragas e doenças, além de nutrição das plantas”, informou João Pires.

 

O coordenador de Floricultura da Emater-DF, Carlos Morais, ministrou as turmas do PAD-DF e de Ceilândia e explicou que a orientação sobre os princípios básicos de manejo na fertilização por meio do uso de materiais disponíveis nas propriedades rurais tem o objetivo de reduzir custo de produção e melhorar o aspecto de qualidade das plantas.

 

“Os produtores não usam adubos químicos, não fazem aplicação de agrotóxicos, então o que eles têm na propriedade em abundância pode ser usado como material para preparo de substrato, usando composto, carvão, cinza, esterco, principalmente. São materiais disponíveis que podem reduzir o custo da produção. A maioria dos produtores já tem essa informação, mas na hora de colocar em prática recorrem aos fertilizantes químicos e insumos adquiridos no comércio. Não se encontra no meio rural jardineiro e mão de obra com essas informações básicas. Assim, o curso qualifica a mão de obra em jardinagem. Além disso, reduz custo. Então, o benefício é, ao invés de tirar do bolso um recurso que poderia ser usado para outros fins, passar a usar materiais já disponíveis na propriedade”, avaliou.

 

Aperfeiçoamento

A segunda parte da capacitação, em Ceilândia, aconteceu na chácara da produtora Federica Cordeiro dos Santos, que atualmente vive só da comercialização de plantas ornamentais, como rosa do deserto, roseiras azaleias e folhagens, além de plantas medicinais e frutíferas. Segundo Federica, o sonho da família é se tornarem viveiristas e o curso abriu os olhos para a realização desse desejo.

 

“Foi muito gratificante esse aprendizado que estamos tendo aqui. Na semana passada, estivemos em outra chácara também e foi muito bom. Foi bom demais da conta, pois eu esperava já alguns anos, principalmente porque eu mexo com rosa do deserto e aprendemos sobre a preparação do substrato, o cuidado com ela, então foi de grande valia. Além disso, apontou o caminho de como aumentar e melhorar a produção para viabilizar a realização do nosso sonho que é abrir um viveiro”, finalizou.

 

A extensionista do escritório da Emater-DF em Ceilândia, Heloiza Gavião, informou que foi criado um grupo de flores, formado por produtores rurais da região, com o objetivo de fortalecer toda a cadeia produtiva. Desse grupo surgiu uma demanda antiga para a realização de curso para qualificação da produção em jardinagem.

 

“É importante aprimorar a atividade, quanto mais informações melhor. Profissionalizar a produção e qualificar a mão de obra para dar uma sequência na produtividade. Não produzir só para vender as mesmas plantinhas que o vizinho produz, mas produzir em escala para escoar a produção em floriculturas e fazer o negócio mais profissional. Aprimorar o conhecimento e a produção. Esses pontos foram bastante abordados no curso”, afirmou.

 

A produtora Leila Januária Camargo Gomes participa do grupo e tem uma propriedade com dois hectares na região de Samambaia. Há dez anos trocou a produção de doces e de artesanato pela floricultura. Atualmente, produz e comercializa plantas ornamentais, medicinais e plantas alimentícias não convencionais (Panc). Ela transmitiu o conhecimento ao filho, que vive só da cadeia produtiva.

 

“Para mim, cuidar de planta não é trabalho, é gratificante. Num curso como este a gente sempre aprende e ensina também. Os conhecimentos a gente passa para os colegas e é muito bom porque a gente aprende sempre coisa nova, por exemplo, os tipos de fertilizantes que alguns eu já sabia fazer e outros aprendi aqui e a calda bordalesa, aprendi sobre sementes, de tudo um pouco, foi excelente”, disse.

 

De acordo com João Pires, a Emater-DF trabalha com a expectativa de quatro turmas do Curso de Manejo Agroecológico de Jardins em 2023, para atender a demanda dos escritórios locais. Dentre os temas abordados no curso, têm destaque os tipos de jardins; produção de composto orgânico e preparo de caldas de biofertilizantes, origem e formação do solo, construção ecológica da fertilidade do solo; disponibilidade e fornecimento de matéria orgânica e mineral; conceitos básicos para identificação e diferenciação de tipos de insetos e doenças; condições favoráveis para o equilíbrio ambiental de populações de insetos e doenças em plantas e conceito de jardins agroflorestais e plantas atrativas.

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