Com intuito de aumentar os cultivos em sistema de agrofloresta na comunidade, produtores rurais do Assentamento 1º de Julho, em São Sebastião, participaram do dia especial de aprendizados sobre o tema. Nesta quinta-feira (20), técnicos do escritório da Emater-DF em São Sebastião apresentaram práticas e conhecimentos sobre cultivo e manejo orgânico no sistema agroflorestal, além de questões sobre a utilização de podas da Novacap, que são usadas para manejo do solo.
O evento, em formato de curso, foi realizado em parceria com a Associação de Produtores da Agricultura Familiar (Aspaf) de São Sebastião. Pela manhã, produtores andaram por uma agrofloresta em formação na propriedade da agricultora familiar Maria Dalva e observaram as características, bem como as vantagens e desvantagens do sistema. Em seguida, em uma roda de conversa, o grupo discutiu questões sobre a experiência e as informações técnicas repassadas.
O casal de agricultores Maria Dalva e Manoel Pereira de Melo, que abriram a propriedade para a realização do dia especial, começaram a implantar a agrofloresta há pouco mais de dois anos e já colhem hortaliças e frutas. “A gente colhe limão, banana, laranja, além das hortaliças”, afirma Maria.
De acordo com ela, a paixão pelo sistema, que proporciona ter vários plantios que podem ser manejados próximos uns dos outros e na sombra, surgiu ao visitar agroflorestas por meio de excursões organizadas pela Emater-DF. “Com o eucalipto, por exemplo, a gente já tem madeira para consertar uma cerca, um galinheiro, além da variedade de plantas e frutas que podemos colher na agrofloresta”, diz a agricultora.
“As áreas pequenas exigem da gente esse entendimento sobre o que pode nos gerar renda hoje e o que vai nos dar rentabilidade no futuro”, explica a engenheira-agrônoma da Emater-DF, Roseli Garcia, que conduziu as orientações técnicas durante o dia especial. “Temos plantas de serviço, como a banana e o eucalipto, que talvez não vão trazer retorno financeiro imediato, mas vão agregar ao sistema como alimento para o solo”, explicou ela.
A agrônoma também falou sobre a importância de planejar a função de cada espécie cultivada no sistema agroflorestal. “Não é uma receita pronta, mas sim um sistema que a gente precisa pensar sobre qual é o resultado esperado com a produção em 10 ou 20 anos”, afirmou Roseli. Ao longo do dia, também foram realizados exercícios práticos de poda e plantio de mudas e hortaliças na agrofloresta.
A Emater-DF
Empresa pública que atua na promoção do desenvolvimento rural sustentável e da segurança alimentar, prestando assistência técnica e extensão rural a mais de 18 mil produtores do DF. Por ano, realiza cerca de 150 mil atendimentos, por meio de ações como oficinas, cursos, visitas técnicas, dias de campo e reuniões técnicas.
Emater-DF
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