Extensionistas rurais de todas as regiões do País participam de debate sobre as ações da Anater, cuja meta para esse ano é alcançar pelo menos 200 mil famílias de produtores rurais
Extensionistas rurais, representantes dos trabalhadores da assistência técnica e extensão rural (Ater) pública de todas as regiões do País, participam, nesta terça-feira, 25, de uma oficina, com objetivo de dialogar sobre as ações da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), que iniciou sua operacionalização neste ano.
Realizada em Brasília, a abertura dos trabalhos da oficina contou com a participação do secretário especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, José Ricardo Roseno; do presidente da Frente Parlamentar de Assistência Técnica e Extensão Rural, deputado federal Zé Silva; do presidente da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer) e da Emater-DF, Argileu Martins, e do coordenador-geral da Federação dos Trabalhadores da Assistência Técnica e Extensão Rural e do Setor Público Agrícola do Brasil (Faser), Carlos Carvalho.
Para o presidente da Anater, Valmisoney Moreira Jardim, o evento é uma importante oportunidade para a Anater conversar com os trabalhadores da rede pública de Ater de todo o País. “A partir desse encontro, vamos tirar alguns encaminhamentos que certamente irão contribuir para que a Anater possa realmente atender às expectativas que o setor espera”, avalia. Segundo o presidente, a previsão é que, até o fim desse ano, as ações da Anater alcancem pelo menos 200 mil famílias de produtores rurais e inicie os trabalhos de formação continuada dos extensionistas e dos projetos de inovação no campo.
O secretário da Sead, José Ricardo Roseno, destaca a que a oficina reúne representantes de toda a rede pública de Ater e, por isso, se constitui como um importante fórum para debater sobre políticas públicas para o setor. “É o fórum mais importante para discutir a continuidade das ações estratégicas para o serviço de assistência técnica e extensão rural do País”, destaca o secretário.
Roseno ressalta que, como a Anater já está com seus instrumentos construídos e a equipe preparada, a partir de agora, todos os serviços de Ater previstos no planejamento da Sead serão realizados via Anater. “A estrutura da Anater foi construída para fazer a gestão nacional de Ater e, agora, iniciamos a operacionalização das ações com a certeza de que estamos atendendo à expectativa de todos aqueles que trabalham incansavelmente pelo setor, especialmente os extensionistas rurais”, completa.
O deputado federal Zé Silva destaca que a Anater há alguns anos era apenas um sonho. “A partir de uma mobilização do MDA, Asbraer, Faser e várias outras instituições, e depois, na Câmara dos Deputados, como pauta de discussões em audiências públicas realizadas especialmente pela subcomissão de Agricultura Familiar e Extensão Rural, e agora, depois de quase três anos após se tornar lei, finalmente a Anater está definitivamente pronta. A expectativaé que, com seu funcionamento, o recurso possa chegar ao produtor sem as burocracias dos convênios. Desde o início das discussões para criação da Anater a causa que defendemos que é que o governo federal participe com no mínimo 35% do orçamento da extensão rural, e vamos continuar perseguindo esse objetivo”, ressalta o parlamentar.
O coordenador-geral da Faser, Carlos Carvalho, proponente da oficina, diz que o debate sobre a Anater é de fundamental importância. “Quanto mais o extensionista conhecer e entender a proposta da Anater, mais a agência será fortalecida. A Faser vai continuar provocando esse debate junto aos extensionistas e às empresas oficiais de ater, e quanto maior o entendimento, mais o setor poderá contribuir para a efetivação das ações, melhorando as condições de trabalho no campo e as condições de vida dos trabalhadores da extensão rural do País. Para a Faser é um honroso compromisso com a extensão rural participar desse processo”, conclui.
Elizabeth Monção de França Pessoa, extensionista da Empaer/MT, diz que a Anater vai dar um novo foco para o serviço de ater do País, especialmente para os Estados e Municípios. “Principalmente nas questões relacionadas à infraestrutura e à formação técnica.
Representante do Sindicato dos Trabalhadores da Assistência Técnica e Extensão Rural de Sergipe (Sinter), o extensionista Paulo Alves diz que a expectativa é que, com a Anater, o sistema de extensão rural dos estados volte a operar em perfeitas condições. “Acredito que de forma isolada não vamos chegar muito longe. É preciso que haja uma coordenação nacional que possa consolidar esse trabalho e a Anater é o que estávamos esperando e é nela que depositamos a nossa esperança”, finaliza.
O presidente da Asbraer/Emater-DF, Argileu Martins observa que o momento atual do País requer muita organização e articulação política e destaca o esforço que vem sendo feito pela Sead e pela Anater para manter de pé o conjunto de políticas públicas voltadas para o setor rural. “A extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário reduziu a estrutura, e a Sead, junto com a Anater, está conseguindo, com muita habilidade, criar um ambiente favorável para avançar naquilo que vem sendo construído desde 1997, vislumbrando a possibilidade de termos uma política nacional de extensão rural, isso concretizado em 2003 e institucionalizado em 2010, com a Lei 12.188 (que institui a Pnater). Mas é necessário nos mantermos muito organizados e mobilizados para que esse processo continue avançando”, avalia.
Após a abertura da oficina foram realizadas duas palestras. A primeira, sobre o Correspondente Bancário, com Argileu Martins. E a segunda, sobre a estrutura e funcionamento da Anater, com seu presidente, Valmisoney Moreira Jardim. Após as falas dos palestrantes, foi aberto o debate.
Por: Jerusia Arruda/Ascom Anater
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