Além de produzir muito bem na safra, a nova variedade mantém sua alta produtividade também na entressafra
Viveiristas e produtores do Distrito Federal e do entorno conheceram, nessa quarta-feira (5), mais uma opção de limão para produção nesta região: a limeira ácida (limão tahiti) BRS Passos, desenvolvida pela Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA).
A principal vantagem desta cultivar é que, além de produzir muito bem na safra, mantém sua alta produtividade também na entressafra, quando se realiza o manejo correto da adubação. No Distrito Federal, o período da entressafra do limão dura desde o mês de julho até novembro, período em que a caixa do produto já chegou a ser comercializada por até R$ 80,00, devido à queda na produção no campo de até 80%.
As plantas da cultivar BRS Passos apresentam menor taxa de abortamento floral e tendência a florescimento ao longo do ano. Além disso, sua produtividade é muito superior à média das outras cultivares existentes no mercado e seus frutos da podem ficar maior tempo na prateleira sem estragar.
Na cerimônia de lançamento, o coordenador de planejamento da Emater-DF, Luiz Rocha destacou a importância dessa cultivar para o agricultor familiar e da parceria entre pesquisa e extensão. “Poderemos ter um preço mais justo tanto para o produtor quanto para o consumidor na entressafra. E hoje já temos uma unidade demonstrativa no assentamento União Flor da Serra, feita em parceria com a Embrapa. Queremos que essa parceria entre pesquisa e extensão ainda traga muitos frutos aos produtores e à sociedade”, disse.
Esta lima ácida é uma boa alternativa para a produção pela agricultura familiar, já que mesmo em uma área reduzida ela gera lucro. Segundo Lívia Junqueira, da Embrapa Produtos e Mercado, e ex-extensionista da Emater-DF, ela pode ser produzida consorciada com outros produtos, tais como as hortaliças. Na região do DF e no entorno, onde existem diversos pequenos produtores rurais, esta cultivar será mais uma opção para aumento da renda destes agricultores.
O produtor rural João Rocha Oliveira trabalha com lima há 20 anos, na região de Planaltina, e tem grandes expectativas com a nova cultivar. “Agora estou formalizando um viveiro e com certeza vou querer produzir mudas dessa lima tahiti. Será a oportunidade de concorrer com o mercado da Bahia no período de entressafra, que é quando perdemos muito dinheiro. Nessa época a gente não consegue produzir muito e o mercado acaba sendo abastecido com produtos da Bahia”, falou João.
O diretor-executivo de transferência de tecnologia da Embrapa, Waldyr Stumpf Junior, reforçou a importância da parceria entre a assistência técnica e extensão rural, a pesquisa e universidades. “Sem ela a sociedade e a cadeia produtiva não ganham. Para que todos esses conhecimentos sejam vapilarizados e cheguem ao produtor as parcerias são essenciais”, disse.
Realidade do DF – O extensionista rural da Gerência de Desenvolvimento Econômico da Emater, Marcelo Mencarini, apresentou dados da produção local e do mercado. Em 2011, eram 209 hectares de lima com uma produção de mais de 5 mil toneladas e produtividade de 28,9 toneladas por hectare, por ano. Entre as principais regiões produtores estão Alexandre de Gusmão, Rio Preto, Jardim e Brazlândia.
Carolina Mazzaro
Assessoria de Comunicação da Emater-DF
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