A produção de hortaliças é uma das mais importantes atividades econômicas do setor rural no DF, gerando mais de 30.000 empregos em toda a cadeia produtiva. Essa é uma atividade exercida por 2.551 empreendedores conforme levantamento realizado pelos escritórios locais da Emater-DF e estes, em sua maioria, são classificados como agricultores familiares (83%), ou seja, utilizam basicamente a força de trabalho da família.
A área plantada no Distrito Federal em 2016 foi de 8.726,45 ha de espécies diversificadas produzindo mais de 249.000 toneladas de alimentos conforme o relatório “Informações Agropecuárias do Distrito Federal 2016” da Emater-DF. Trata-se então, de uma vigorosa cadeia produtiva que precisa se manter atualizada atendendo aos anseios do mercado e que exige o incremento na produção de alimentos, mas também exige que esses possuam qualidade sanitária, que sejam produzidos em sistemas de produção sustentáveis e que gerem empregos qualificados.
Já em 2009, quando por iniciativa da Emater-DF e com o apoio de representantes de quase toda a cadeia produtiva foi elaborado o “Plano Executivo de Desenvolvimento Sustentável da Cadeia Produtiva de Hortaliças no Distrito Federal” identificava-se as vantagens comparativas e competitivas do Distrito Federal nesse setor, quais sejam:
– Unidade da federação que tem apresentado maior crescimento na sua densidade demográfica;
– Presença de ensino, pesquisa e extensão rural, permitindo obter os maiores rendimentos tecnológico, produtivo e econômico;
– Mercado consumidor extremamente promissor, demandando 150 mil toneladas de hortaliças/ano e aliado ao aspecto que a população de Brasília detém a maior renda per capita do país;
– Mercados consumidores em potencial, oriundos da Região Integrada do Desenvolvimento do Entorno-RIDE.
– Infra-estrutura de transporte e energética condizente com as demandas dos sistemas tecnológicos hortícolas implantados;
– Serviço de defesa de vigilância sanitária vegetal que assegure a qualidade da produção e na comercialização dos produtos olerícolas, bem como a sustentabilidade ambiental;
– Linhas de crédito para todos os componentes do Agronegócio de hortaliças;
Reconhecia-se ainda os benefícios econômico-sociais do agronegócio de hortaliças para a sociedade como o grande potencial na geração: 3 a 5 empregos diretos por hectare.
Outros estudos indicavam que a distribuição da renda entre os elos da cadeia produtiva eram extremamente desfavoráveis ao agricultor que ficava com a menor remuneração conforme figura abaixo.
Durante as discussões estimuladas pelos organizadores nas “Oficinas Regionais” chegou-se a constatação que “a cadeia de olericultura no Distrito Federal tem um desempenho abaixo de sua potencialidade” e que esse problema tem como principais causas:
1- Desorganização da Cadeia Produtiva;
2- Administração da Propriedade Rural feita de forma amadora;
3- Políticas públicas inadequadas para o setor.
Apesar de serem alvo de ações planejadas da Emater-DF e dos principais parceiros como a Seagri-DF, Embrapa Hortaliças, Sebrae-DF e Senar-DF, dentre outros, ainda hoje podemos afirmar que muito há para ser feito nesse setor.
O agronegócio de hortaliças mostra-se como uma excelente oportunidade para acelerar o crescimento econômico do Distrito Federal e Entorno, de forma sustentável, ao mesmo tempo em que gera empregos e renda para seus habitantes, tanto no meio rural quanto nas cidades. Então, a Emater-DF que tem como missão “Promover o desenvolvimento rural sustentável e a segurança alimentar, por meio de Assistência Técnica e Extensão Rural, em benefício da sociedade do Distrito Federal e Entorno” atua fortemente nessa cadeia no intuito de oferecer assessoramento adequado às necessidades dos agricultores e aos rumos ditados pelo mercado que procura atender ao que clama a sociedade.
São beneficiários dessa atuação não só os agricultores do Distrito Federal e Entorno (familiares, pequenos, médios e grandes) e seus familiares, mas também os trabalhadores rurais. E ainda, os consumidores de hortaliças do Distrito Federal e RIDE, trabalhadores urbanos, empresários do setor secundário e terciário da cadeia produtiva de hortaliças.
Para informações complementares entre em contato com a Emater-DF no e-mail: geagr@emater.df.gov.br ou pelo telefone 3311-9363.
Antonio Dantas Costa Junior – Engenheiro Agrônomo, Emater-DF
Coordenador do Programa de Desenvolvimento da Olericultura
Plano Executivo de Desenvolvimento Sustentável da Cadeia Produtiva de Hortaliças no Distrito Federal
Hortaliças e frutas – Custos de produção
Chuchu – Formação e manutenção 1º ano
Feijão-Vagem – em sucessão a tomate
Feijão-Verde (Gotejamento em sucessão)
Limão Tahiti (Manutenção 2º ano)
Limão Tahiti (Manutenção 3º ano)
Limão Tahiti (Manutenção 4º ano)
Limão Tahiti (Manutenção 5º ano)
Limão Tahiti (Manutenção 6º ano)
Maracujá (Implantação e Manutenção 1º ano)
Pimenta Dedo de Moça ou de Cheiro (Aspersão)
Pimenta Dedo de Moça ou de Cheiro (Gotejamento)
Tangerina Poncã (Manutenção 2º ano)
Tangerina Poncã (Manutenção 3º ano)
Tangerina Poncã (Manutenção 4º ano)
Uva Niágara Rosa (Implantação)
Cultivo Protegido – Custo de Instalação
Estufa com lanternim e fixação com molas – 382 m²
Estufa com lanternim e fixação com molas – 1147 m²
Estufa sem lanternim e fixação com molas – 382 m²
Estufa sem lanternim e fixação com molas – 1147 m²
Estufa sem lanternim e fixação com tarugos – 351 m²
Estufa sem lanternim e fixação com tarugos – 1071 m²
Túnel baixo com arcos em ferro galvanizado – 0,9 metros
Túnel baixo com arcos em PVC – 0,9 metros
Emater-DF
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