Promovida pela Embrapa Cerrados, atividade faz parte do Programa Rota da Fruticultura

A produtora Aida Kanako apresenta sua experiência no cultivo de açaí no DF

Cerca de 20 extensionistas rurais da Emater-DF participaram nesta quarta e quinta-feira (16 e 17) do curso de produção de açaí. Realizado pela Embrapa Cerrados, a iniciativa faz parte do Programa Rota da Fruticultura, que objetiva transformar o Cerrado no mais novo polo de frutas do Brasil.

Coordenado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e com participação de diversas instituições, o projeto prevê o plantio comercial do açaí na Região Integrada de Desenvolvimento (Ride) do Distrito Federal e Entorno. Com o apoio da Emater-DF, cerca de 100 produtores rurais organizados em associações ou cooperativas foram selecionados e receberão mudas de variedades de açaí desenvolvidas pela Embrapa para terra firme (BRS Pará e BRS Pai d´Égua). Com a capacitação dos extensionistas, esses produtores terão assistência técnica e cursos oferecidos pela Emater-DF no cultivo do açaí.

Essas variedades começam a produzir frutos depois de quatro ou cinto anos e, até lá, a sugestão da Embrapa é que os agricultores cultivem o açaí de forma consorciada com outras culturas, aproveitando também a irrigação destas, já que o açaí necessita de água para produção. É possível cultivar de forma intercalada ou em consórcio com o açaí, hortaliças, bananeiras, mamoeiro, abacaxizeiro, maracujazeiro, mandioca, graviola, milho, feijão, soja, cacau, arroz, trigo, forrageiras, entre outras.

Consultor da Embrapa, Benivaldo Vaz, fala sobre cultivo de açaí aos extensionistas

Segundo o extensionista Antônio Carlos dos Santos Mendes, o açaí é uma boa alternativa para os produtores, já que ainda existe pouca produção. “O mundo inteiro tem consumido açaí e acreditamos que, além de se tornar uma opção extra de renda para os produtores no mercado interno, possa também se tornar uma commodity, sendo exportado”, diz.

Benivaldo Vaz, consultor da Embrapa Cerrados, recomenda a utilização de mudas certificadas pela empresa para garantir qualidade e produtividade. “Ao adquirir mudas, é importante que os produtores comprem de viveiros credenciados pelo Ministério da Agricultura, que tenham entre 6 a 8 meses, com 40 a 60 cm e que estejam isentas de pragas e doença”, explicou.

Os produtores participantes do Programa receberão mudas para cultivo em 1 hectare cada um. Para o próximo ano, está prevista a produção de 3 milhões de mudas de açaí.