Emater-DF realiza campanhas de coleta e orienta o produtor quanto à forma adequada de descarte Há alguns anos, era comum acondicionar água ou leite em embalagens usadas de agrotóxicos em comunidades rurais do Distrito Federal.
Já quanto ao descarte, se feito de maneira inadequada, pode causar sérios danos à saúde e ao meio ambiente. Os problemas vão desde a contaminação do solo até a emissão de dióxido de carbono – que em grande quantidade contribui com o efeito estufa e, por consequência, o aquecimento global. Em junho de 2000, o governo federal promulgou a Lei nº 9. 974 que visa minimizar o problema da destinação final dos recipientes de agrotóxicos. A lei atribui ao fabricante a responsabilidade pela destinação final da embalagem do produto pós-consumido e ainda compartilha deveres entre revendedores, agricultores e o próprio governo.
Para fazer cumprir a lei, a Emater-DF realiza campanhas educativas junto aos agricultores, levando até as comunidades rurais as coletas de embalagens de agrotóxicos itinerantes, sempre em parceria com a Associação de Empresários de Agronegócios (Aeagro). Além de orientar quanto ao processo de tríplice lavagem e de furar a embalagem, os técnicos explicam porque os frascos não podem ser queimados nem reutilizados.
Como são coletadas? — As indústrias devem recolher as embalagens vazias devolvidas às unidades de recebimento e dar a correta destinação final, seja a reciclagem ou a incineração. No Distrito Federal, a Aeagro recebe as embalagens em condições de reciclagem, separa por tipos de material — como metal, além dos plásticos como Polietileno de Alta Densidade (PEAD) e co-extrusado (COEX). Em seguida, as embalagens são prensadas e embaladas em fardos separados por cor e formato e enviadas pelo menos quatro vezes por mês à sede do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (INPEV).
O que acontece com essas embalagens? — A partir da reciclagem das embalagens vazias, as empresas especializadas produzem 17 diferentes artefatos, em especial os de uso industrial, todos orientados e aprovados pelo Inpev. São eles: barrica de papelão, tubo para esgoto, cruzeta de poste de transmissão de energia, embalagem para óleo lubrificante, caixa de bateria automotiva, conduíte corrugado, barrica plástica para incineração, duto corrugado, tampas para embalagens de defensivos agrícolas e a própria embalagem para defensivos agrícolas, entre outros.
Desde que o Inpev foi criado, 240 mil toneladas de embalagens já foram recolhidas. Anualmente, o DF devolve 100 toneladas de embalagens ao posto da Aeagro, que possui unidades de recepção no PAD-DF e Brazlândia, além das coletas itinerantes feitas pela Emater-DF. Somente este a Emater realizou 11 campanhas e outras quatro acontecerão até o final do ano.
Elaine Carneiro
Assessoria de Comunicação da Emater-DF
Emater-DF
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