O ano de 2016 está sendo marcado pelo baixo índice de chuvas no Centro-Oeste. Isso tem afetado a produção de alimentos em várias regiões e causado alta nos preços de vários produtos. Para minimizar o problema, a Emater-DF tem trabalhado para conscientizar os produtores rurais sobre o uso consciente e planejado dos recursos hídricos, principalmente em áreas de grandes culturas, como grãos — cujo cultivo demanda uma quantidade significativa de água.

Segundo o gerente do escritório da Emater-DF no núcleo rural PAD-DF, Marconi Borges, a proposta é limitar o número de horas que os agricultores da região utilizam equipamentos de irrigação. “De acordo com a lei, o produtor pode usar até 70% da vazão de córregos, ribeirões e rios. Como a água disponível está em menor quantidade, acreditamos que o planejamento coletivo dos produtores pode resultar em um aproveitamento mais racional dos recursos”, pondera.

O trabalho está sendo desenvolvido com aproximadamente 50 produtores cujas culturas são banhadas pelos rios Jardim, Lamarão, São Gonçalo e Extrema, dentre outros — todos localizados na área leste do Distrito Federal, onde estão as principais comunidades produtoras de alimentos da capital. Marconi explica que a proposta está sendo bem aceita pelos agricultores. “A única forma de diminuir o problema é com a união de todos”, acrescenta o gerente do PAD-DF.

Para auxiliar o trabalho, a Emater-DF conta com o apoio da Embrapa e da Adasa, que desenvolveram uma pesquisa de monitoramento que equaciona as chuvas e a vazão dos rios. Os dados têm sido usados pela empresa para subsidiar a proposta de otimização dos recuros hídricos.

Marconi Borges lembra ainda que, com a escassez de chuvas previstas para os próximos anos, uma das soluções é a construção de barramentos e reservatórios para serem utilizados na irrigação. “A produção de alimentos é uma atividade de interesse público, de vital importância para as populações. A implantação de barragens para armazenamento de água seria um passo importante para diminuir os problemas causados pelas secas”, finaliza.

Assessoria de Comunicação – Emater-DF