Governo do Distrito Federal
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21/02/19 às 16h47 - Atualizado em 8/03/19 às 14h27

Comunidade que Sustenta Agricultura é tema de Prosa Técnica na Emater-DF

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Uma tecnologia social que já é sucesso em diversos pontos do planeta está ganhando força no DF: a Comunidade que Sustenta a Agricultura (CSA). Neste modelo, a agricultura é apoiada pela comunidade. O agricultor deixa de vender seus produtos a intermediários e conta com a participação das pessoas para o financiamento e escoamento da sua produção. No Distrito Federal existem 27 CSAs.

 

Para entender essa tendência de comercialização e discutir como a Emater-DF pode auxiliar o agricultor neste novo cenário, técnicos da empresa se reuniram nesta quinta-feira (21) para uma Prosa Técnica, realizada no núcleo rural Pipiripau (Planaltina-DF).

 

A atividade abordou a legislação para produtos orgânicos, o conceito e o funcionamento de uma CSA e apresentou o resultado de um diagnóstico empresarial da CSA Bela Vista, feito por meio do Programa Empreender e Inovar da Emater-DF. Também foram realizadas visitas a propriedades de agricultores participantes de CSAs.

 

Segundo a coordenadora do programa de Agroecologia da Emater-DF, Isabella Belo, “a CSA é uma tendência e os técnicos devem estar preparados para apresentarem esse meio de comercialização como uma opção aos produtores. O planejamento da produção de um agricultor participante de uma CSA também é diferente”.

 

Para o engenheiro agrônomo da Emater-DF Rafael Lima, “com uma CSA o produtor não precisa se preocupar com a comercialização e pode focar no cuidado com a terra e com a produção”.

 

A presidente da Emater-DF, Denise Fonseca, é coagricultora de duas Comunidades que Sustentam a Agricultura e diz que é preciso sair da cultura do preço e ir para a do apreço. “Além de valorizar, incentivar e estabelecer relações mais próximas com quem produz, recebemos alimentos frescos, de qualidade, sabendo como e onde foram produzidos”, diz.

 

Como funciona a CSA

 

As CSAs permitem o escoamento de alimentos agroecológicos de forma direta ao consumidor. Para isso, contam com coagricultores, que são consumidores que colaboram diretamente com o financiamento e a organização da distribuição dos alimentos. O compromisso é estabelecido por um ano, seguindo o ciclo agrícola da produção. Os coagricultores recebem semanalmente, em um Ponto de Convivência da CSA, uma cesta variada de alimentos colhidos. Hoje, existem 25 pontos de convivência no DF.

 

No momento da criação de uma CSA, o agricultor mostrará como é sua produção e sua planilha de custos para produzir durante o ano, com muda, sementes, adubos, energia, mão de obra etc. A partir desses custos, é definido o valor da cota paga por cada coagricultor para financiar a produção.

Nesse processo, os técnicos da Emater-DF poderão ajudar o produtor a planejar a produção, verificar os custos e dar a assistência técnica necessária para o agricultor.

 

Presidente da Emater-DF, Denise Fonseca (alto, à esquerda), participa de prosa técnica junto com 
extensionistas e produtores rurais

 

 

Carolina Mazzaro

Ascom – Emater-DF

Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal - Governo do Distrito Federal

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