Equipe da área agrícola veio conhecer a experiência brasileira de classificação e cadastramento de agricultores
A Emater-DF recebeu, nessa quinta-feira (15), representantes do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural de Moçambique e de movimentos sociais camponeses do país. A visita teve o objetivo de conhecer a operacionalização dos cadastros de agricultores familiares no Brasil e a atuação da extensão rural no país.
Guilhermina Matiquite, Chefe do Departamento de Planificação e Monitoria da Direcção Nacional de Extensão Agraria de Moçambique (DNEA) explicou que em seu país são nove milhões de pessoas e 80 a 90% dessa população é agrícola. A comitiva estuda uma forma de categorizar e cadastrar essa população agrícola a fim de oferecer os serviços de extensão rural.
Em visita ao escritório local da Emater-DF em Alexandre de Gusmão, os representantes de Moçambique puderam conhecer, na prática, a rotina diária de um extensionista no Distrito Federal e como é realizado o cadastro dos agricultores no dia-a-dia. Os extensionistas Helton Araújo, do escritório de Alexandre Gusmão, e Luiz Rocha, da assessoria internacional da Emater-DF, explicaram que o modelo de hoje no Brasil é resultado de uma construção ao longo dos anos.
“O processo que vocês passam hoje, já enfrentamos há anos atrás na Revolução Verde e nos gerou um passivo ambiental e social que trabalhamos nos dias de hoje”, explicou Luiz Rocha. “Hoje temos agricultores familiares com um bom nível tecnológico e de renda”, afirmou Helton Araújo.
Após a visita ao escritório da Emater-DF, a comitiva foi conhecer in loco um agricultor familiar que teve acesso a políticas públicas por meio da extensão rural e, após 10 anos de atendimento, teve melhoria notável em sua qualidade de vida.
O agricultor familiar Ovídeo da Silva conta que trabalhava de caseiro com sua família em uma propriedade agrícola e, em 2004, conseguiu adquirir um terreno próprio. Atendido pela Emater-DF, teve acesso ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e financiou sua primeira plantação de pimentão.
Pouco depois, a família também teve acesso aos programas de compras do governo. “Essa entrega do governo ajuda demais a gente”, afirma a esposa do agricultor, Maria Cândida. Hoje o casal também vende para feiras e para o Ceasa. Atualmente, depois de aumentar os plantios, Ovideo conquistou a melhoria das condições de sua casa, o sustento dos filhos e a compra um veículo para transporte.
O intercâmbio da comitiva de Moçambique faz parte do programa de cooperação técnica desenvolvido entre o Ministério das Relações Exteriores (MRE), a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário do Brasil (Sead) e a Emater-DF.
Diândria Daia
Assessoria de Comunicação da Emater-DF
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