Após a 49ª Assembleia Ordinária da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer), encerrada na noite de sexta-feira (20), Argileu Martins, presidente da associação e também da Emater-DF, foi recebido pelo governador de Pernambuco, Paulo Câmara. Na ocasião, trataram sobre a importância da agricultura para a economia e a sustentabilidade social e ambiental.

Nilton Mota, secretário de Agricultura, e o presidente do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Gabriel Maciel, acompanharam o presidente da Asbraer na visita ao Palácio do Campo das Princesas.

Mota ressaltou a importância da realização da Assembleia. “Encontros como esse são imprescindíveis para ampliar o debate em torno das diversas ações que representam os avanços e desafios da Ater pública, e promover o intercâmbio de experiências entre técnicos e gestores das 27 entidades estaduais aqui presentes”, avaliou.

Durante os dois dias de evento (19 e 20/11), a programação dispôs de debates, mesas de discussões, palestras e oficinas sobre os principais avanços e gargalos encontrados no cenário atual da Ater. Para isso, foram avaliados os impactos dos programas e linhas de créditos destinados ao trabalhador rural, a exemplo dos programas PAA, Terra Pronta, Distribuição de Sementes e Plano Safra, além da apresentação da linha de crédito rural da Caixa Econômica Federal.

Outro ponto de destaque da Assembleia foi a palestra sobre o Programa Progenética. A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu apresentou mecanismos para que o produtor viabilize o melhoramento genético dos rebanhos, além de orientar sobre a aquisição de animais com procedência garantida, de modo que possa elevar a qualidade produtiva do rebanho.

Nova Ruralidade — Com o tema “Brasil Rural Contemporâneo: reafirmação da importância e da diversidade”, a economista Tânia Bacelar apresentou um estudo sobre o redimensionamento do território rural brasileiro. De acordo com o Censo 2010, do IBGE, o espaço rural brasileiro tem decrescido nos últimos anos e guardaria apenas 16% da população total do país, contra 84% nos perímetros urbanos.

No entanto, a partir de novas variáveis, Tânia apresentou estatísticas diferentes, mostrando que 37% da população está concentrada no meio rural e 63% nas regiões urbanas. “O projeto não implica em redefinir as praticas censitárias executadas pelo IBGE, e sim, propõe a realização de pesquisas mais realistas sobre o Brasil, que conta com 90 milhões de brasileiros residindo em áreas rurais. Isso implica em adequarmos as políticas públicas, a partir de uma nova realidade”, ponderou a economista.

Fonte: Núcleo de Comunicação do Ipa / Asbraer