A  42ª Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da Associação Brasileira das Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural, Pesquisa Agropecuária e Regularização Fundiária (Asbraer), realizada nesta segunda-feira (18) em parceria com a Emater-DF, contou com representantes de Emateres de vários estados em Brasília.

Um dos destaques da assembleia foi a visita técnica a uma propriedade de mirtilo em Sobradinho, atendida pela Emater-DF. A Feel Berry, conduzida pelos jovens Felipe Brandão, Pedro Henrique Rezende e João Gabriel Farah, é uma das propriedades que se tornou referência local no cultivo da fruta.

A propriedade faz parte do programa Rota das Frutas do DF e Ride, desenvolvido pela  Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), e também é acompanhada pela Universidade de Brasília (UnB). “A pesquisa sobre mirtilo no Brasil ainda é incipiente. A Emater vem ajudando com isso, mas muita coisa depende de experimentar. Existem muitas formas de plantar. É feito de um jeito no exterior, mas a gente tem que adaptar à realidade do Centro-Oeste, que tem um clima mais seco”, explica Pedro.

De acordo com Felipe Brandão, cada planta pode produzir até 6 kg. O custo de produção atualmente está em cerca de R$ 33 por quilo de mirtilo. A comercailziação varia de preço, podendo chegar a até R$100 o kg. Entre as inovações da propriedade, estão o uso de sacos para mudas produzidos por artesãos da Bahia com materiais reciclados e substratos de fibra de coco e casca de arroz — práticas que unem produção agrícola e responsabilidade ambiental. Atualmente, os produtores possuem cerca de 10 mil plantas em produção e o período de colheita costuma durar seis meses, de agosto a dezembro.

Anfitrião do encontro, o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, falou sobre o trabalho da empresa e a Rota das Frutas no DF que tem mostrado o potencial das frutas vermelhas na região: “O DF já conta com 18 produtores de mirtilo e 27 de açaí. Nossa expectativa é expandir também para o cultivo de framboesa, fortalecendo cada vez mais a diversificação da fruticultura local”. “A gente tem buscado atender e apoiar na agregação de valor, na parte da agroindústria e no processamento da fruta”, ressaltou a gerente regional da Emater, Clarissa Campos.

Com informações da Asbraer.