Artesãs Valdira Sena, Adriana Fernandes e Adrielly Sena, do assentamento Pequeno William
Produtoras rurais e artesãs das regiões do Gama, Planaltina, Tabatinga (RA Planaltina) e Alexandre de Gusmão (RA Brazlândia) participaram, nesta sexta-feira (10), de uma excursão ao 17º Salão do Artesanato de Brasília. A visita foi promovida pela Emater-DF com a proposta de que as artesãs observassem as peças comercializadas no evento, que acontece no shopping Pátio Brasil, em Brasília, até o próximo domingo (12).
“Essa excursão foi realizada com objetivo de que elas prestassem atenção aos detalhes dos artesanatos que estão sendo comercialziados lá, como a qualidade do produto, a embalagem, a organização nas prateleiras de forma que chame à atenção dos consumidores e também para que elas pudessem interagir com os artesãos”, disse a turismóloga da Emater-DF, Zaida Regina. Ela acrescentou que uma visita como essa estimula a criatividade. “Geralmente, as artesãs da área rural ficam muito sós, então um passeio como esse é um estímulo à integração social”, completou.
Pela manhã, as artesãs se reuniram no Centro de Formação da Emater-DF para ouvir o relato das participantes que tiveram a oportunidade de fazer uma excursão à Feira Nacional do Artesanato de 2023, que aconteceu no Ceará. Na ocasião, a Emater-DF levou cinco artesãs rurais e quatro técnicas em um dos principais eventos do setor no país.
Nesta sexta-feira, as artesãs Adriana Fernandes, Valdira Sena e Adrielly Sena, do assentamento Pequeno William (região administrativa de Planaltina), ficaram satisfeitas com o que viram no salão. “Ver de perto um espaço desse, tão organizado e profissional, nos incentiva a querer alcançar esse patamar”, observa Adriana. Ela diz ainda que o grupo de mulheres do assentamento conseguiu uma verba do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) e desenvolveu dois projetos para trabalho com vegetação do Cerrado. “Agora que estamos mais preparadas, podemos aumentar nossa produção, com perspectivas de elevação da renda”, conclui.
Para Valdira, que participou do primeiro curso de artesanato da Emater-DF em 2011, é uma satisfação chegar onde está agora. “Antes eu era aluna, hoje sou instrutora. Nunca imaginei que poderia alcançar esse status”, comemora. Por meio dos projetos, Valdira enumera quais materiais são usados na fabricação de cachepôs, caixinhas, decoração para espelhos, luminárias, bonecas e cestos: “Fibra de bananeira, capim-colonião, palha de milho, rabo de raposa, troncos de árvores e mais o que tiver no Cerrado, no entanto, sem destruir. Apenas colhemos os materiais que a natureza já descartou”, explica.
Já Adryelly, de apenas 15 anos, disse que encara o artesanato como uma terapia. “É um momento que a gente dá um tempo para si”, relata. Além disso, a jovem, que cursa o Ensino Médio Integrado ao Técnico em Agropecuária no Instituto Federal de Brasília (IFB), acrescenta o conhecimento que adquire ao trabalhar com a atividade. “A gente aprende a reconhecer nosso território, plantas, animais, enfim, nossas raízes”, encerra, com um sorriso animado.
Emater-DF
Empresa pública que atua na promoção do desenvolvimento rural sustentável e da segurança alimentar, prestando assistência técnica e extensão rural a mais de 18 mil produtores do DF. Por ano, realiza cerca de 150 mil atendimentos, por meio de ações como oficinas, cursos, visitas técnicas, dias de campo e reuniões técnicas.
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