Cultivo de quiabo em plantio direto na palha
Produtores rurais das regiões de Planaltina, Taquara, São Sebastião e Sobradinho participaram nesta quarta-feira (17) de um Dia de Campo sobre Sistema de Plantio Direto de Hortaliças (SPDH). A atividade fez parte da programação do Abril Orgânico, organizado pela unidade da Emater-DF em Planaltina.
Esse sistema de plantio segue três princípios básicos: o revolvimento localizado do solo, restrito às covas ou sulcos de plantio; a diversificação de espécies pela rotação de culturas, com a inclusão de plantas de cobertura para produção de palhada; e a cobertura permanente do solo.
Os 32 agricultores participantes puderam ver pessoalmente os resultados alcançados pelo produtor Wildes Max de Oliveira Freitas, na propriedade localizada no núcleo rural Jibóia, região de Taquara. Para a extensionista Isabella Bello, “oportunizar que os produtores vejam e ouçam a experiência de quem adota a tecnologia favorece que outros passem a fazer este tipo de plantio”.
Extensionista rural da Emater, Márcio Meirelles, apresenta resultados da propriedade
O extensionista da Emater-DF, Márcio Meirelles, mostrou as principais vantagens de se utilizar a técnica, que foi aplicada na lavoura de quiabo e maracujá. “Ela reduz 84% da mão de obra, reduz entre 50% a 60% a adubação, reduz a necessidade de pulverizações de defensivos agrícolas, diminui ou até elimina o uso de herbicidas, aumenta a umidade do solo e reduz a irrigação, melhora a sanidade da planta, diminui a temperatura do solo, aumenta a produtividade e contribui para conservação da água e do solo”, explica Márcio.
No cultivo de quiabo, por exemplo, iniciado em novembro, o produtor teve um custo de R$ 1.120. Foram colhidas 66 caixas do alimento, comercializadas, em média, por R$ 75 cada uma. Até agora, o Wildes teve um lucro de R$ 3.830. A expectativa do produtor é ainda colher por mais 4 meses e obter R$ 10 mil com a comercialização do quiabo.
Com o cultivo do maracujá, o resultado foi semelhante. Foram colhidas 1,5 toneladas em 200 pés da fruta, que foram vendidas a R$ 70 a caixa. O cultivo gerou uma renda de R$ 4,3 mil na primeira safra, com um custo de apenas R$ 800,00.
A Emater-DF tem entre suas prioridades estimular a agroecologia e a produção orgânica, além do uso de técnicas e tecnologias sustentáveis no cultivo convencional. Interessados em conhecer mais sobre o plantio direto e ter assistência técnica em sua propriedade, deve procurar a unidade da empresa mais próxima de sua propriedade.
Emater-DF
Empresa pública que atua na promoção do desenvolvimento rural sustentável e da segurança alimentar, prestando assistência técnica e extensão rural a mais de 18 mil produtores do DF. Por ano, realiza cerca de 150 mil atendimentos, por meio de ações como oficinas, cursos, visitas técnicas, dias de campo e reuniões técnicas.
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