Governo do Distrito Federal
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5/09/23 às 8h10 - Atualizado em 5/09/23 às 8h19

Morango para todos os gostos. Conheça as variedades plantadas no DF

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São pelo menos 14 cultivares diferentes, cada uma com sabor e características diferentes

 

Extensionista rural Claudinei Machado mostra diferença no formato de duas variedades de morango

 

 

Azedo, doce, suculento, firme ou macio. São diversas as características de sabor e consistência que um morango pode ter. E isso depende da variedade. Diferente de outras frutas como manga, pera, uva ou maçã, que possuem as cultivares especificadas nas embalagens ou prateleiras do mercado, no morango essa informação não aparece.

 

No Distrito Federal são plantadas pelo menos 14 cultivares de morango, cada uma com características e sabor diferentes. As variedades Sabrina e Camarosa, por exemplo, são mais doces, mas com consistência um pouco diferente entre elas. Já o Portola é grande, de comer com os olhos, mas é mais aguado e sem tanto sabor. O Camino Real tem um equilíbrio entre o doce e o azedo e o tempo de prateleira é maior.

 

Afinal, como identificar qual é o seu morango favorito e não errar na próxima compra? O ideal é adquirir nas feiras rurais diretamente com o produtor, que saberá dizer qual é a cultivar comercializada e suas características.

 

Embora o consumidor esteja mais preocupado com o sabor da fruta, os produtores levam em conta para a escolha das variedades cultivadas alguns aspectos técnicos como resistência a pragas e doenças, ciclo e época de plantio, por exemplo.

 

Algumas variedades podem ser cultivadas durante todo o ano com o uso de proteção

O engenheiro-agrônomo da Emater-DF Claudinei Machado explica que para o cultivo de morango é preciso levar em conta as características locais, como o clima. “Plantas de dias curtos são mais precoces, mas só produzem no período sem chuva e com temperaturas mais amenas. Já as plantas de dias neutros demoram mais para começar a colher, no entanto, há a possibilidade de continuar ao longo do ano, desde que receba uma proteção contra a chuva. Ou seja, essas plantas toleram temperaturas maiores e se adaptam bem ao fotoperíodo mais longo, porém não são os frutos mais saborosos”, esclarece.

 

 

Veja um glossário básico sobre as principais cultivares encontradas no DF:

Portola tem fruto grande e de cor vermelho brilhante

 

Monterey – originária da Califórnia (Estados Unidos), foi desenvolvida em 2009. É uma planta vigorosa, exigindo maior espaçamento na hora do plantio  e possui frutos grandes, com média de 32 gramas, formato alongado e cor vermelho brilhante. São frutos bastante firmes com moderada resistência a doenças, porém suscetível ao míldio. São indicados para consumo in natura.

 

Albion – também da Califórnia, foi desenvolvida em 2004. A planta apresenta porte médio com folhas de tamanho e espessura maiores que as outras variedades. Apresenta bom rendimento e poucos picos na produção de frutos, facilitando a colheita. Os frutos são brilhantes, possuem cor vermelha escura e formato arredondado e alongado, com boa firmeza. Sua concentração de açúcar é elevada, e a indicação é para consumo in natura.

 

San Andreas – resultado do cruzamento da cultivar Albion, foi desenvolvida em 2009, na Califórnia. Planta de porte médio, possui perfil de resistência a doenças fúngicas e pragas. Os frutos apresentam cor vermelho-laranja, são grandes e longos, pesando entre 20 e 30 gramas, com boa firmeza, resistentes ao transporte e ao armazenamento pós-colheita. Indicado principalmente para a comercialização para o mercado in natura.

 

Aromas – originária do cruzamento de dois híbridos da Califórnia, foi desenvolvida em 1997. A planta possui densidade foliar média, com folhas de tamanho médio e formato de recorte arredondado. É relativamente resistente ao oídio. Os frutos apresentam coloração vermelho-escuro, com peso médio 24 a 26 gramas podendo chegar até 45 gramas. A polpa é firme, teores de açúcares, acidez, sabor e aroma são medianos, comparados com as cultivares Albion e Monterey. Apresenta boa qualidade tanto para o mercado in natura quanto para industrialização.

 

PRA Estiva – surgiu do cruzamento das cultivares Cartuno, Diamante e Aromas, no município de Estiva (MG). Destaca-se das demais variedades pela elevada produtividade, colheita precoce e ciclo prolongado de colheita, com excelentes características comerciais. Apresenta tolerância a principais pragas e doenças e conservação pós-colheita. Tem apresentado boa adaptação em plantios a céu aberto e em cultivos protegidos especialmente sob manejo semi-hidropônico. Seus frutos são firmes e resistentes, a polpa é de cor vermelha intensa, com aroma elevado.

 

Camino Real – da Califórnia, desenvolvida em 2001, a planta apresenta porte pequeno e compacto, com produção mais tardia. Possui boa polinização, apresenta tolerância aos danos causados por chuvas, além de tolerância à doença denominada Flor preta e suscetibilidade ao Botrytis. Seus frutos são grandes, média de 25 gramas, de cor interna e externa vermelho intenso, boa firmeza, resistentes ao transporte e armazenamento pós-colheita. Recomendada para mercado in natura e industrialização.

 

Camarosa – é da Califórnia e foi desenvolvida em 1992. Se adapta em diversas regiões produtoras. No entanto, é sensível ao Oídio. Susceptível à mancha de micosfarela (Mycosphaerella fragariae), à antracnose (Colletotrichum fragariae e Colletotrichum acutatum) e ao mofo cinzento (Botrytis cinerea). Seus frutos são grandes, com massa média de aproximadamente 20 gramas, de cor interna e externa vermelho intenso, sabor subácido. Indicada para o consumo in natura e para a industrialização.

 

OSO Grande – planta vigorosa, com folhas grandes e de coloração verde escura; ciclo mediano e elevada capacidade produtiva. Tolerante ao mofo cinzento (Botrytis cinerea) e susceptível à mancha de micosfarela (Mycosphaerella fragariae) e à antracnose (Colletotrichum fragariae e Colletotrichum acutatum). Cultivar para mesa com frutos de tamanho grande, polpa de textura firme no início da produção e mediana no final da colheita, de coloração vermelha clara e aromática, epiderme vermelha clara e doces. Própria para consumo in natura.

 

Dover – desenvolvida em 1979 na Flórida (Estados Unidos), é uma cultivar de mesa, com produtividade alta, frutos firmes de boa conservação pós-colheita, de coloração vermelha intensa, porém ácidos. Apresenta alta sensibilidade ao ataque de doenças bacterianas, tolerância a fungos de solo. Adequada para mercados distantes das áreas de produção.

 

Festival – também com origem na Flórida, foi desenvolvida em 2000. Considerada como uma cultivar precoce, de alta produtividade, apresenta frutos grandes, firmes, de coloração vermelha intensa e excelente aroma e sabor. Planta com excelente resistência às enfermidades, tanto foliares como radiculares. Mantém a forma e tamanho durante todo o ciclo produtivo. Boa produção no segundo ano. Própria para consumo in natura.

 

Pircinque – cultivar italiana, desenvolvida em 2006, difundida comercialmente em 2010. Com baixa exigência em frio, tem maturação de frutos precoce e muito bem adaptada às condições meridionais de cultivo, apresenta plantas com elevado vigor principalmente em solos bastante férteis, sendo necessário adequado aporte nutricional. Frutos de formato cônico alongado e elevada massa média durante todo o período de produção, muito regular, elevada firmeza, coloração  e polpa vermelha brilhante, consistência elevada, média acidez e muito doce.

 

Portola – originária da Califórnia, é resultado do cruzamento de Camino Real  e Ventana. Planta com vigor semelhante ao Camino Real, com alto rendimento, e semelhantes em tamanho a Camino Real. Cultivar moderadamente resistente a oídio, antracnose, podridão da coroa e murcha de Verticillium, porém, moderadamente suscetível à Phytophthora, podridão da coroa, e da mancha comum, tolerância condicional ao ácaro rajado. Considerada a mais produtiva das cultivares neutras, própria para consumo in natura, apresenta fruto de cor vermelho brilhante, grande, e peso médio de 30g, forma cônica curta, coloração de polpa também vermelho brilhante.

 

Sabrina – de origem espanhola, tem boa adaptação local. Desde o início de seu cultivo no país, tem tido grande aceitação de mercado. Frutos com características muito típicas, de coloração vermelho intenso, são muito doces, suculentos, carnosos e firmes. Cultivar própria para consumo in natura e que se adapta ao cultivo hidropônico.

 

Fronteras – cultivar de morango da Califórnia, lançada em 2014. Demonstra características importantes de resistência a doenças, como à murcha de Fusarium e tem um maior nível de resistência à murcha de Verticillium e Phytophthora do que outras cultivares de dias curtos. Apresenta plantas grandes e vigorosas e frutos grandes, vermelho brilhante, cônicos e firmes.

 

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