Valorizar e promover o trabalho artesanal das mulheres do DF: esse é o objetivo da IV Mostra de Artesanato que acontece no shopping Liberty Mall na Asa Norte. Durante a solenidade de abertura da exposição, na manhã desta segunda-feira (18), a extensionista Selma Aparecida Tavares, gerente de Desenvolvimento Sociofamiliar da Emater-DF, foi homenageada pelo apoio da empresa ao artesanato rural. A exposição vai até o próximo sábado (23).
Participam da mostra 16 grupos, dos quais três foram indicados pela Secretaria da Mulher, por meio do programa Mulher Artesã: Associação Girassol (do Varjão); Três Baianinhas (que reúne artesãs de Taguatinga, Ceilândia, Samambaia e Brazlândia); e o grupo Multifibras, que é atendido pela Emater-DF. A mostra acontece desde 2010 e já beneficiou mais de 70 artesãs.
Desde 2007, a Emater-DF trabalha na promoção do artesanato local. A empresa realizou, em 2010, um diagnóstico da atividade no meio rural do DF e constatou que 98% dos artesãos são mulheres. “Nossa meta é fazer com que as artesãs possam competir no mercado com produtos de qualidade”, explica Selma. Assim, a Emater-DF promove cursos de capacitação não só para as artesãs mas também para o corpo técnico da empresa, que apoia os grupos na organização, gestão e melhoramento do produto.
O incentivo ao uso de materiais renováveis — como fibra de bananeira e sementes — reforça a ideia de um trabalho sustentável, de baixo custo e alto valor agregado. “Como a maioria das participantes dos grupos atendidos por nós é composta de mulheres de baixa renda, promovemos não só a qualificação e capacitação, mas também a inclusão socioprodutiva”, aponta a gerente de Desenvolvimento Sociofamiliar da Emater-DF, lembrando que grande parte das mulheres atendidas é de comunidades rurais de baixa renda. “Aumentando a renda no campo, estamos dentro da estratégia do Plano Brasil Sem Miséria, de acabar com a pobreza na área rural”, resume Selma.
Oportunidade — Diversidade estética, pluralidade técnica e utilização de elementos do cerrado: essas são as principais características do artesanato no Distrito Federal. No entanto, a elevada participação das mulheres na atividade chama atenção: cerca de 80%. A secretária da Mulher do Distrito Federal, Olgamir Amancia Ferreira, enxerga o artesanato como uma oportunidade que as mulheres têm de se manifestar. “Por meio da arte, elas revelam suas contradições. São trabalhos marcados não só pela materialidade das condições de subjugação da mulher, mas também pelas esperanças e perspectivas”, observa.
Mais que revelar a riqueza do artesanato local, a união desses elementos revela também a importância de políticas que compreendam melhor a realidade das artesãs e trabalhadoras manuais e o impacto de seus trabalhos na sociedade. Pesquisas do GDF informam que as artesãs do DF têm, em média, 44 anos de idade, sendo que 64% delas são chefes de família e possuem dois filhos. Para 67% delas, o artesanato é a maior fonte de renda e para 85%, a atividade têm renda inferior a dois salários mínimos.
Rinaldo Costa
Assessoria de Comunicação da Emater-DF – com informações da Assessoria de Comunicação da Secretaria da Mulher
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