Palestra apresenta modelos de fossas para instalação na área rural de fácil manutenção
O maior gargalo para que o agricultor mantenha as boas práticas em sua propriedade tem sido o saneamento rural. Foi com esse entendimento que técnicos da Seagri-DF e da Emater-DF iniciaram a palestra na Vila Cidadã, durante do 8° Fórum Mundial da Água.
De acordo com técnicos, a falta do saneamento também impacta na saúde dos trabalhadores rurais e no meio ambiente. Comuns na área rural, as fossas negras – buracos cavados direto na terra – contaminam o solo e os lençóis freáticos e, por isso, a importância da instalação de sistemas de saneamento.
Durante a palestra, foram apresentados três modelos eficientes para o tratamento dos dejetos. Um dos modelos é a fossa de evapotranspiração. Cavada em uma trincheira e revestida com ferro-cimento, ela tem camadas de brita e entulho que retém os efluentes e os fermenta. Esse modelo não precisa ser esgotado, pois a água limpa no final fica na terra, onde são plantadas bananeiras ou outra espécie de folhas largas, para aumentar a transpiração da planta.
Outra opção é a fossa biodigestora, composta por três caixas interligadas, nas quais a única manutenção é adicionar mensalmente uma mistura de água e esterco bovino para estimular as bactérias que fazem a biodigestão. “É uma tecnologia barata, durável, mas que depende de ter o excremento de bovinos”, orienta Sônia Lemos, extensionista da Emater-DF.
O último modelo apresentado foi o filtro anaeróbico. “Embora não seja o mais barato, a Seagri-DF oferece essa tecnologia aos produtores que estão no processo de certificação de Boas Práticas Agropecuárias”, explica Lara Line, gerente de Boas Práticas Agropecuárias da Seagri-DF.
A palestra mostrou também um vídeo sobre o trabalho de extensão rural realizado na comunidade rural do Núcleo Bandeirante, em que mais de 20 fossas ecológicas foram instaladas após o trabalho de orientação e conscientização da Emater-DF. “A gente entende a importância de ampliar esse trabalho de saneamento nas comunidades”, destaca Janaína Dias, extensionista rural da Emater-DF. Na comunidade foi escolhido o modelo fossa de evapotranspiração.
Os três modelos têm durabilidade acima de 20 anos e são comparáveis à fossa séptica. “Todos os modelos apresentados são projetos executados pelo Governo de Brasília, que visam o correto tratamento dos dejetos domésticos”, afirma Lara.
Visita ao estande do Japão
Durante a manhã, os técnicos da Seagri-DF e da Emater-DF visitaram o estande do Japão, na Expo, espaço do 8º Fórum Mundial da Água, para conhecer o sistema de saneamento do país.
“O sistema segue o mesmo princípio dos sistemas de saneamento que apresentamos para os agricultores, porém um pouco mais sofisticado, já que a água final sai clorada e pronta para consumo humano”, disse o extensionista da Emater-DF, Iran Dourado.
Este equipamento tem um custo de US$ 2 mil dólares no Japão.
Fórum Mundial da Água
Criado em 1996 pelo Conselho Mundial da Água, o fórum foi idealizado para estabelecer compromissos políticos acerca dos recursos hídricos. Em Brasília, ele é organizado pelo Conselho Mundial da Água, pelo governo local — representado pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do DF (Adasa) — e pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio da Agência Nacional de Águas (ANA).
Diândria Daia
Assessoria de Comunicação – Emater-DF
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