Governo do Distrito Federal
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11/07/23 às 15h11 - Atualizado em 12/07/23 às 14h08

Vicente Pires e Park Way se destacam na agricultura urbana e periurbana

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Estudo do IPEDF aponta características e potenciais de produção; áreas periurbanas são as que se encontram numa posição de transição entre espaços urbanos e rurais

 

*Por Agência Brasília

 

Vicente Pires, com 191 pontos de cultivo, e Park Way, com 154, são as regiões administrativas que apresentam a maior concentração de agricultura urbana e periurbana no DF. Os números fazem parte de levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), que foi detalhado nesta terça-feira (11).

 

Estudo do IPEDF identificou 6.015 pontos de cultivo no Distrito Federal, dos quais 1.282 estão em áreas urbanas | Foto: Divulgação/IPEDF

 

O estudo Agricultura Urbana e Periurbana no Distrito Federal revela o diagnóstico da agricultura no DF, suas características e atores, as tipologias encontradas e os potenciais de produção, com o objetivo de refletir sobre o desenvolvimento dessa prática na capital federal. Áreas periurbanas são as que se encontram numa posição de transição entre espaços estritamente rurais e áreas urbanas. Segundo o estudo, o Distrito Federal conta com 6.015 pontos de cultivo, dos quais 1.282 estão em áreas urbanas.

 

A pesquisa avaliou áreas potenciais para produção da agricultura urbana e periurbana no DF, com estimativa de abastecer cerca de 2 milhões de pessoas com hortaliças e 3 milhões com frutíferas, contribuindo para redução da insegurança alimentar. O estudo também destaca que a produção alimentar contribui para o manejo das áreas de solo exposto e para a recuperação de áreas degradadas.

 

O coordenador de Agricultura Urbana da Emater-DF, Rogério Vianna, o estudo apresentado pelo Ipep-DF é um desafio para os diversos setores da sociedade ampliarem ações e políticas públicas que fortaleçam não só as diferentes formas de desenvolver a agricultura urbana, a segurança alimentar da população e ainda indiretamente questões críticas como a gestão de recursos hídricos e de resíduos domésticos orgânicos.

 

“Nesse sentido, a Emater-DF já desenvolve ações significativas, como a implantação de hortas em escolas públicas, unidades sócio-assistenciais e áreas públicas. Além da implantação, levamos todo o apoio técnico no cultivo e produção, e incentivamos a adoção de tecnologias para reaproveitamento de água de chuva e reaproveitamento de resíduos orgânicos na forma de compostagem e biodigestores . Essas ações impactam diretamente na alimentação desses públicos, que acessam alimentos mais saudáveis e promovem uma cidade mais sustentável uma “Brasília Verde”, disse Rogério Vianna

 

De acordo com o estudo, a prática da agricultura urbana e periurbana no DF podem ser caracterizada em quatro tipologias:

 

→ Agricultura de área remanescente rural ou de resistência: voltada para fins comerciais e/ou de subsistência, que se localizam em áreas que compõem o cinturão verde produtivo e que foram urbanizadas devido ao processo de expansão urbana. Presente nas RAs Riacho Fundo, Sol Nascente/Pôr do Sol e Vicente Pires.

 

→ Agricultura periurbana: abrange cultivos desenvolvidos nas franjas urbanas ou fora da área urbana consolidada, com foco na comercialização e autoconsumo. Os acampamentos e assentamentos de reforma agrária estão incluídos nessa categoria. Presente nas RAs Brazlândia, Paranoá, Park Way, Planaltina, Sobradinho e Sobradinho II.

 

→ Quintais produtivos ou biodiversos: áreas públicas ou privadas em regiões urbanas e periurbanas, com jardins produtivos, hortas, frutíferas, plantas medicinais e criação de pequenos animais, com foco no lazer, autoconsumo e/ou de comunidades. Presente nas RAs Guará, Plano Piloto e São Sebastião.

 

→ Agricultura urbana de ativismo: uso de áreas públicas para plantio, capaz de reestruturar o espaço urbano e revitalizar áreas degradadas a partir de sua expressão ativista. Presente na RA Plano Piloto.

 

Acesse o relatório e o sumário-executivo.

 

*Com informações do IPEDF

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