Governo do Distrito Federal
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17/09/20 às 3h19 - Atualizado em 14/09/21 às 16h00

Valor Bruto da Produção (VBP) de morango no DF é de R$ 81,7 milhões

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A produtora Amanda Zica teve aumento de 25% nos pedidos de morangos orgânicos

 

Com uma área de produção estimada em 173,95 hectares, o cultivo de morango no Distrito Federal tem gerado emprego, renda e animado os produtores. Em 2019, o Valor Bruto da Produção de morango – que é calculado através da produção agropecuária e os preços médios recebidos pelos produtores (produção x R$) – foi de R$ 81,7 milhões.

 

Apesar da pandemia, que resultou em um aumento do dólar e, consequentemente, do valor das mudas importadas plantadas em agosto, a estimativa é de que a safra chegue a 7 mil toneladas em 2020. Atualmente, há 225 produtores de morangos, entre convencionais e orgânicos no DF, que geram cerca de 1.500 empregos.

 

A produtora de morangos orgânicos Amanda Zica da Silva, do sítio Bem Viver, diz que a demanda pelo morango orgânico aumentou 25% em sua propriedade. “Temos encomenda de 375 caixas por semana e às vezes até mais”, conta. Segundo Amanda, ela chega a ter 130% de lucro na comercialização de morangos orgânicos vendendo no atacado uma caixa com quatro cumbucas por R$ 25,00.

 

Joaquim Máximo da Silva produz morangos no Assentamento Betinho, em Brazlândia, e neste ano quis aumentar a produção apesar da pandemia. “Ano passado plantamos 70 mil pés de morango e neste ano aumentamos para 90 mil. Eu decidi manter meus planos e estamos vendendo bem e com um preço ótimo. Não estou conseguindo atender toda a demanda”, contou Joaquim. Sua produção é vendida para mercados locais e também em Tocantis e Mato Grosso.

 

Agregação de valor

 

Uma alternativa para aproveitar os excedentes da produção e os morangos que não atendem aos padrões comerciais é partir para o congelamento das frutas, fabricação de polpa e outros derivados, como geleias e compotas. “Dessa forma, o produtor prolonga a vida útil, agrega valor ao produto, reduz perdas e evita o desperdício de alimentos”, diz a coordenadora do programa de agroindústria da Emater-DF, Sônia Casceli.

 

As agroindústrias de polpa devem ser regularizadas conforme normas do Ministério da Agricultura. Mas está em tramitação a regulamentação da Lei nº 6.401 de 22 de outubro de 2019, que garante às agroindústrias de pequeno porte um tratamento simplificado do governo local para que possam formalizar seus negócios  de processamento de produtos de origem animal e vegetal mais facilmente. Já o congelamento da fruta deve ser regularizado conforme normas da vigilância sanitária, da Secretaria de Saúde.

 

“Tanto para congelar quanto para fabricar polpas é preciso que o agricultor tenha uma unidade de processamento, seguindo as legislações vigentes e os critérios mínimos das boas práticas de fabricação, que envolvem a estrutura das unidades de processamento, condutas dos manipuladores, embalagens e rótulos. A Emater-DF orienta o produtor desde a produção, colheita, pós-colheita e processamento, com fluxograma de produção, elaboração de projeto de pequena agroindústria e capacitação para os produtores conhecerem os requisitos mínimos dessas unidades de processamento e como o manipulador deve desenvolver suas atividades”, explica Sônia.

 

No DF existem quatro agroindústrias formais que usam o morango como matéria-prima de seus produtos: sorvete artesanal, geleia e polpa. Há também produtores que congelam a fruta, que pode ser usada posteriormente para sucos e vitaminas, por exemplo.

 

Bernadete Maria da Silva Ghisolfi possui agroindústria de sorvetes artesanais e compra morangos de produtores locais para produção. “Meus sorvetes são feitos artesanalmente, não uso gordura hidrogenada nem conservantes. As frutas que uso para fabricação são compradas de produtores da região. O morango eu compro de um produtor de Brazlândia e também daqui do Lago Oeste, na Vó  Neli, que produz orgânicos”, conta Bernadete.

 

 

Bernadete produz sorvetes artesanais com frutas compradas de produtores locais

 

Em uma receita de 2,5 litros de sorvete ela usa, em média, 1,5 kg de morangos. Ela vende um pote de 1,5 litros de sorvete de morango por R$ 40,00. Há também opção sem leite, por R$ 38,00. Em alguns pontos de venda,  Bernadete comercializava 150g de sorvete por R$ 8,00. “Atualmente não estou em nenhum ponto de venda por causa da pandemia, mas posso fazer entregas de quinta a domingo”, explica. Além do sorvete de morango, ela fabrica de tapioca, castanha de baru, araticum, pequi, limão com manjericão (sem leite), chocolate, banana caramelada, jabuticaba, creme de baunilha, entre outros.

 

 

A Emater-DF


Empresa pública que atua na promoção do desenvolvimento rural sustentável e da segurança alimentar, prestando assistência técnica e extensão rural a mais de 18 mil produtores do DF e Entorno. Por ano, realiza cerca de 150 mil atendimentos, por meio de ações como oficinas, cursos, visitas técnicas, dias de campo e reuniões técnicas.

 

Carolina Mazzaro – Ascom Emater-DF

 

Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal - Governo do Distrito Federal

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