A alimentação é um dos pilares fundamentais quando o negócio é criação de animais. Há um ano, o produtor rural Ary Petry conheceu uma tecnologia que mudou a forma de armazenar alimento para suas ovelhas em tempo de seca. Uma máquina de ensilagem melhorou a qualidade do alimento dos animais, reduziu a perda do produto e o espaço para armazená-lo, que caiu de 60m² para 6m². Orientado pela extensionista Cláudia Coelho de Assis, do Escritório da Emater-DF de Vargem Bonita, o produtor comprou a máquina e junto com a zootecnista elaborou o projeto de criação das ovelhas, passando de quatro animais para 24. Além disso, hoje consegue vender o excedente do alimento armazenado a R$ 15,00 o saco de 25 kg.
A Chácara do seu Ary Petry fica no Núcleo Rural de Córrego da Onça. Lá, inovação e criatividade resolveram o problema do período mais preocupante para a pastagem dos animais, que é o período de seca, com escassez de alimentos no pasto. A troca da estocagem em silo, adquirindo um equipamento que facilita a embalagem da matéria que está sendo estocada, reduziu e facilitou os custos do trabalho e evitou a contaminação desses alimentos por fungos.
“Essa máquina é novidade no mercado, ensaca aproximadamente duas toneladas em uma hora e pode ser operada por apenas uma pessoa. O resultado está na qualidade do produto final a ser oferecido aos animais no período seco do ano”, observou a extensionista Cláudia Assis.
Ela explica que a utilização de silo necessitava de um espaço de aproximado de 40 a 60 m². Já com a máquina de ensilagem tudo muda. “Com o material ensacado, você pode empilhar o alimento e pode fornecer porções individuais para os animais, não deixando entrar ar no produto o que mantém sua qualidade. Com o silo, sempre entrará ar na totalidade do produto estocado, permitindo fungos, o que gera perdas e má qualidade do alimento ofertado ao animal”.
A necessidade de os produtores conservarem os alimentos dos animais durante os três ou quatro meses do ano – período de seca no Distrito Federal -, levou o seu Ary Petry a participar de um Dia de Campo, promovido pela Emater-DF, no qual pode conhecer a máquina que mudou a forma de guardar alimento para os animais. “Normalmente, a gente preparava a silagem (de milho, sorgo, cana, etc.) nos silos, que ocupam espaços. A compactação mal feita causava perda grande do material ensilado. Depois que a gente abria o silo, para tirar o alimento do dia para os animais, o fato de abrir e fechar a lona afetava a qualidade do produto, mofando parte dele. Agora, ficou tudo mais fácil”, assegurou o produtor.
Seu Ary conta também que com essa alimentação de mais qualidade, já teve até partos duplos e um triplo de suas ovelhas, sendo o último muito raro. E que depois das orientações da extensionista nunca mais perdeu nenhum cordeiro. “Era um detalhe pequeno, que com a orientação da Emater zerou a mortalidade aqui na chácara”.
Informações técnicas – Muitos associam o conceito de ensilagem com a necessidade de maquinários e infraestrutura característicos de grandes propriedades. O pequeno produtor tem sim condições de produzir silagem, com maquinários mais simples, mas em escalas reduzidas. O senhor Ary Carlos Petry, pequeno produtor do Núcleo Rural Córrego da Onça, obteve sucesso na conservação do alimento, por meio da colheita manual, levando a planta para picagem em triturador e em seguida, colocando numa máquina que embala e compacta o material, e por último, colocando o lacre e armazenando em local apropriado. O saco é padrão da máquina, fácil aquisição e o peso pode variar de 25 a 35Kg conforme a regulagem desejada. As principais vantagens em relação aos silos tradicionais (superfície ou trincheira) são o espaço, a compactação, o armazenamento, fabricação de embalagens individuais, menores perdas de material e a qualidade final do produto.
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Christina Abelha
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