Cinquenta alunos receberam certificado de conclusão de curso na última sexta-feira (17). Argileu Martins, presidente da Emater-DF (foto), parceira do projeto, participou da solenidade

A Fábrica Social formou as duas primeiras turmas de instalação e manutenção de placas fotovoltaicas, que captam energia solar. Na última sexta-feira (17), os 50 alunos que participaram da capacitação receberam o certificado de conclusão do curso.

Afonso Cunha, de 50 anos, foi um dos estudantes que procuraram a capacitação. Ele e os colegas decidiram abrir uma cooperativa de produção de energia solar, para aplicar o que aprenderam durante seis meses de aulas. Batizada de Coopersolar, a entidade já tem sede, na Estrutural. “Estamos a todo o vapor. É uma área que está começando em Brasília e acho que será um sucesso”, revelou.

Foram 200 horas-aula para que aprendessem habilidades específicas, nas quais foram ensinadas noções sobre o sistema fotovoltaico de geração energética. Outras 260 horas-aula ficaram destinadas a habilidades básicas e de gestão, com inclusão digital e conceito de metrologia, cooperativismo e empreendedorismo, por exemplo.

Já há outra turma pronta para a capacitação, e em maio a Fábrica Social abrirá inscrições para a formação de uma nova. Os alunos certificados hoje ainda farão um novo curso, a partir do meio do ano, especificamente sobre eletricidade predial.

“Fomos pioneiros na América Latina ao oferecer capacitação sobre esse tema e conseguimos que o Ministério do Trabalho reconhecesse essa posição na Classificação Brasileira de Ocupações”, comemorou Célio Silva, subsecretário de Integração das Ações Sociais, da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. Já o titular da pasta, Gutemberg Gomes, disse que a pasta trabalha para mudar a lei que rege a Fábrica Social, de modo a dinamizar o trabalho do órgão. A intenção é que existam polos em outras regiões administrativas.

Parceria — Para o presidente da Emater-DF, Argileu Martins, a atividade agropecuária é uma das que apresenta mais tecnologia em seu processo. “Nossa empresa dedica tempo, pessoal e infra-estrutura para aperfeiçoar e difundir inovações tecnológicas na área rural. Isso contribui para o desenvolvimento e a sustentabilidade das famílias nos campos econômico, social e ambiental. Trouxemos nossa experiência para a Fábrica Social, numa parceria que está promovendo a qualificação desses alunos em setores com grande potencial de crescimento”, avaliou.

Argileu lembrou ainda que a hidroponia — tema de um dos cursos da Fábrica Social e que foi coordenado pela Emater-DF — é uma técnica de produção agrícola de vanguarda, pois economiza água e demanda menos espaço de cultivo. “Com isso, estamos colaborando para colocar profissionais bem qualificados no mercado”, ressaltou o presidente da empresa. Neste ano, a Emater-DF vai capacitar mais duas turmas em hortas no sistema hidropônico. O primeiro grupo, de 40 alunos, recebeu os certificados de conclusão do curso no início de março.

Já o diretor executivo Rodrigo Marques deu uma dica importante aos alunos que concluíram o curso. “Na Emater, incentivamos os produtores a utilizar fontes renováveis e econômicas de energia. Logo, meio rural é um excelente campo para expandir o negócio das placas fotovoltaicas”, destacou.

O diretor executivo da Emater-DF, Rodrigo Marques, deu dicas aos formandos

O extensionista da Emater-DF, Hélio Roberto Lopes — instrutor do curso de
hidroponia —, entregou um dos diplomas 

Mariana Damaceno – Agência Brasília
Rinaldo Costa – Assessoria de Comunicação – Emater-DF