Com a chegada dos kits de irrigação para 25 famílias do Assentamento Oziel Alves, no Pipiripau, a Emater-DF e a Secretaria de Agricultura (Seagri), estão promovendo um curso de Irrigação para que as famílias aprendam a manusear essa nova tecnologia. Sob a coordenação do gerente do Escritório do Pipiripau, Geraldo Magela, foi feita a abertura do curso, no assentamento, na manhã desta quarta-feira, 9. Estiveram presentes o secretário da Agricultura José Guilherme Leal, o presidente da Emater-DF, Argileu Martins, e o subsecretário da Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário, Hector Barreto. Os kits foram comprados a partir de uma Emenda Parlamentar do deputado Joe Valle (PDT).
A agricultora familiar Marli Fernandes, uma das contempladas pela Emenda, aproveitou a presença das autoridades para pedir solução para alguns problemas que afligem os assentados de Oziel Alves. “Há 15 anos tomamos conta dessa terra. Não existia nada aqui e estamos lutando muito. Primeiro a questão da água, depois a da luz. Precisamos melhorar as estradas para termos ônibus porque temos crianças que precisam de transporte para ir à escola e mulheres que trabalham no Plano Piloto. Precisamos também de patrulhas para melhorar as estradas”, enumerou Marli, pedindo ainda esclarecimento sobre os recursos para a agricultura familiar anunciados pelo Governo Federal. “Ouvi falar que a presidente Dilma liberou R$ 140 milhões para a agricultura familiar. E também ia liberar o fomento mulher, que ia sair no dia das mães. Não saiu. A gente precisa saber se esse dinheiro vai sair”.
Respondendo a todas as demandas dos assentados participantes do curso de Irrigação, o secretário da Agricultura, José Guilherme Leal assegurou que a Seagri e a Emater-DF vão intensificar a gestão junto ao MDA e outros órgãos federais para que os recursos sejam liberados o mais rápido possível. “Esses recursos vão nos permitir comprar o maquinário para melhorar as condições das estradas, o que deve acontecer no início de 2016. E Oziel Alves será contemplado”, reforçou.
Sobre a melhoria das condições da água, Leal lembrou que existe um convênio entre o INCRA e a Caesb e que nova gestão, junto à Caesb, será feita pela Seagri, afirmando que as obras – para que haja água a contento para consumo humano em Oziel -, estão quase prontas. “Estamos acompanhando o andamento dessas obras e o que depender da Seagri e da Emater, vamos fazer”.
Finalizando, o secretário observou que o curso de Irrigação que começou nesta última quarta-feira é muito importante para dar às famílias condições de viver apenas da terra.
Argileu Martins ressaltou que ao acreditarem na terra e produzirem, os assentados de Oziel contam e contarão sempre com os técnicos da Emater, que não medem esforços para auxilia-los, no que diz respeito à melhoria da qualidade de vida deles e na melhoria da qualidade dos alimentos produzidos e também do aumento da produtividade. “O fato de vocês estarem hoje aqui, significa que vocês querem aprender mais. E aprender mais significa que vocês entendem a importância do conhecimento, das novas tecnologias na vida de vocês. Vocês estão investindo em tecnologia e conhecimento e nós, da Emater nos orgulhamos de estar ao lado de vocês nesse momento, que pode significar uma mudança para a qualidade de vida de todos”.
Entusiasmado com as novas perspectivas para a região, o presidente da Emater-DF avaliou a importância do trabalho dos agricultores familiares e dos extensionistas da Emater. “Todo investimento que o Governo faz no campo, investindo na Emater, em infraestrutura, é vantagem porque é mais barato viver no campo, trabalhar no campo. Se as famílias que vivem hoje no campo tivessem de ir para a cidade, o governo sabe que gastaria muito mais. Queremos que esse assentamento vire referência não apenas no Distrito Federal, mas em todo o país”, assegurou Argileu Martins.
Sobre a nova tecnologia que o curso de Irrigação está apresnetando, o presidente da Emater afirmou que é uma tecnologia muito sofisticada e viável para o assentamento. “Trabalhar com água, que é hoje um recurso raro requer conhecimento para que esse recurso não falte no Distrito Federal como já falta em outros estados da federação”.
Christina Abelha
Assessoria de Comunicação da Emater-DF
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