A Emater-DF ofereceu, nesta semana, mais uma edição do curso de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC). Durante dois dias, 15 participantes — maioria moradores de áreas rurais do Distrito Federal — aprenderam questões sobre o uso das PANC na alimentação tradicional, quais as espécies de plantas mais comuns, técnicas de plantio, correção de solo, irrigação, como escolher mudas, dentre outros. A ação terminou com o preparo de pratos com ingredientes especiais, feitos com as plantas,  e que formaram o almoço dos presentes.

O agricultor Valdeir Francisco da Silva, morador do assentamento Marcia Cordeiro Leite (região administrativa de Planaltina), conta que conhecia muito pouco das plantas não convencionais. “Dos ingredientes usados aqui (na aula prática do curso), eu só conhecia o pimentão, a banana e a jaca. Todas as outras são novidade para mim”, relata. “A partir de agora, pretendo usar esses alimentos no dia a dia não só para melhorar a saúde, mas também, no futuro, quem sabe, aumentar a renda”, anima-se.

A nutricionista Danielle Amaral, que atua no Centro de Formação Tecnológica e Desenvolvimento Rural (Cefor) da Emater-DF, explica que é importante resgatar o cultivo e o consumo das PANC, não só para acrescentar valor à produção orgânica, mas também para promover uma alimentação mais saudável e segura. “Usar plantas que muitas vezes nascem espontaneamente é uma questão de soberania. Durante o curso, mostramos que é possível transformar essas plantas em alimentos nutritivos, baratos e saborosos”, observa.

Durante a aula prática do curso, realizada na cozinha do Banco de Alimentos da Ceasa-DF, os participantes usaram várias partes da bananeira e da jaca para elaborar os pratos, além de capuchinha, ora-pró-nobis, pimentas e diversos outros ingredientes.

Além de Danielle, o curso foi ministrado pelos extensionistas Regina Lima, que traçou um panorama da alimentação tradicional com as PANC, Daniel Rodrigues e Rafael Lima, que abordaram aspectos técnicos do cultivo.