Mais de 180 escolas públicas contam com produtos oriundos de pequenos produtores do DF
Uma parceria entre Secretaria da Educação, Secretaria de Agricultura, Emater-DF e produtores familiares tem reforçado a alimentação de 186 escolas da rede pública, levando mais saúde para a mesa dos estudantes.
Representantes da Secretaria de Educação estiveram, no dia 12 de dezembro, pessoalmente em uma das unidades atendidas pelo projeto, a Escola Classe Vila Buritis, no Recanto das Emas, para conhecer melhor como os alimentos são utilizados.
Na cozinha, a merendeira Isabel Cardoso é uma das responsáveis por preparar as mais de 1 mil refeições servidas diariamente na escola. Ela garante que a parceria é fundamental. “As frutas, verduras, legumes e temperos recebidos ajudam a variar o cardápio e dar mais sabor aos pratos servidos. Ajuda muito a gente”, afirma ao servir morangos frescos aos estudantes.
A diretora, Dionne de Magalhães Santos, ressalta a inserção de hábitos saudáveis na alimentação dos alunos. “Muitas das nossas crianças são de áreas vulneráveis e não têm acesso sempre a diferentes alimentos. Algumas já apresentaram anemia e outros nem conheciam um brócolis, por exemplo. Mas com essa parceria, toda semana recebemos itens diferentes, o que possibilita um cardápio diversificado e saudável, além de uma experiência nova no paladar delas”, enumera a gestora.
E todo o trabalho é aprovado, e muito, pelos estudantes. “Gosto muito quando tem morango e goiaba”, diz a pequena Laís Ribeiro, enquanto mastiga um morango bem vermelho.
Agricultores
Os benefícios não atingem apenas os estudantes. A parceria se tornou a principal fonte de renda de muitos agricultores familiares do DF, como relata Maria do Socorro Marques, presidente da Associação de Produtores Rurais Novo Horizonte Betinho, em Brazlândia. “Os resultados são excelentes, pois dá segurança aos produtores. Eles sabem que receberão a quantia do contrato e podem investir em seu negócio. É muito bom, pois as vendas no varejo sofrem alterações e nem sempre garantem o sustento deles”.
A presidente da associação ainda relembra que o apoio dificulta a ação de grileiros. “Uma vez que os agricultores garantem uma vida digna, tornam-se menos propensos a venderem suas terras ou parcelarem o terreno de forma ilegal”.
Somente pela associação de Socorro, 156 produtores familiares fornecem alimentos às escolas atualmente. Caso de José Sousa dos Santos, mais conhecido por Capilé e também pelos morangos plantados em Brazlândia. O agricultor conta que o programa substituiu empréstimos na hora de investir na plantação. “Ajuda muito a escoar nossa safra e o dinheiro recebido pode ser usado no início da próxima plantação. Assim, os insumos, que costumam ser caros, são pagos sem a necessidade de uma dívida”.
Além da questão financeira, Capilé ainda demonstra certo orgulho ao dizer que a plantação que ele e mais sete familiares cuidam vai parar na mesa de crianças nas escolas. “A gente colhe como se fosse para a gente”, revela.
O sucesso que hoje faz parte de seis regionais de ensino deve ser ampliado para o próximo ano. A perspectiva, segundo a Secretaria de Educação é de alcançar quatro novas regionais (Gama, Guará, Santa Maria e Ceilândia) e expandir o cardápio de 23 para 29 itens.
Texto: Ascom SEE-DF
Foto: Luis Tavares
Emater-DF
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